29 setembro 2011

Igreja sabe o que diz: “Mais filhos trazem mais felicidade”, afirma pesquisa acadêmica SECULAR




POR DANIELLA CORNACHIONE
A relação tradicional entre a qualidade de vida de um país e o número de filhos em suas famílias é bem conhecida: em geral, vivem melhor as sociedades que têm menos crianças.
A média de filhos por mulher cai conforme avança o desenvolvimento econômico de uma nação. Nessas sociedades, cidadãos mais bem educados levam em conta as responsabilidades e os custos de criar cada filho. As mulheres se preocupam mais com a carreira, decidem com autonomia, têm acesso difundido à informação e a métodos contraceptivos. Os empregos migram para as cidades, e os filhos deixam de ser vistos como mão de obra necessária, como ocorre com as famílias pobres no campo.
Um estudo feito em uma das melhores escolas de negócios do mundo, a espanhola Iese, parece finalmente ter encontrado o papel dos bebês como geradores de felicidade.
A pesquisa foi organizada pelo engenheiro Franz Heukamp, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e pelo matemático Miguel Ariño, da Universidade de Barcelona. O objetivo era encontrar as características não econômicas de cada país que pudessem explicar o fato de as pessoas se dizerem mais ou menos satisfeitas com a vida.
Ariño e Heukamp cruzaram dois grupos de informações. O primeiro é de questionários sobre bem-estar subjetivo, combinados com características pessoais como estado civil, idade e gênero. Os dados são da Pesquisa Mundial de Valores, do Unicef, de 1981 a 2004, com informações de 100 mil pessoas de 64 países. O segundo grupo inclui indicadores sociais e econômicos, entre eles natalidade, inflação e PIB.
Eles perceberam que, entre sociedades com o mesmo nível de desenvolvimento econômico, o bem-estar tende a ser maior naquelas com menor nível de corrupção e naquelas em que a religião mais difundida não é o islamismo (atualmente associado, em muitos países pobres, à falta de liberdade política e religiosa). E encontraram também uma tendência, entre países desenvolvidos, de haver maior nível de satisfação onde há taxas de fecundidade superiores. Dinamarqueses e holandeses se dizem mais felizes do que alemães e japoneses, que desfrutam os mesmos confortos materiais. “Baixas taxas de natalidade sempre estiveram associadas a alto nível de desenvolvimento. Mas também podem significar egoísmo em uma sociedade, e isso afeta o bem-estar”, afirma Ariño.
A conclusão de que maior natalidade traz maiores chances de bem-estar deve ser vista com cuidado, já que outras variáveis não contempladas no estudo poderiam influir no resultado.Mas incluir a natalidade como fator de bem-estar coletivo é uma abordagem nova e promissora para a economia da felicidade, um campo que mistura psicologia e economia.Seu precursor é John Helliwell, professor da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. O palpite dele para explicar a conclusão do estudo é que quando um país sofre privações de alguma ordem, mesmo que seja desenvolvido, a sensação de bem-estar subjetiva cai e acelera a redução da taxa de natalidade. “As conclusões desse tipo de estudo não encontram, necessariamente, uma relação de causalidade direta. Nosso desafio é entender o que causa o quê”, afirma o economista Alois Stutzer, coautor do livro Economics & hapiness (Economia & felicidade). “Quando o filho nasce, mesmo que não tenha sido planejado, as pessoas tendem a racionalizar como algo bom. Já ter menos filhos do que se gostaria pode causar a sensação de infelicidade”, diz o demógrafo do IBGE José Eustáquio Alves.
Nas últimas décadas, a fecundidade caiu tanto na Europa que se tornou um problema.Em muitos países, como França, Holanda, Dinamarca e Reino Unido, existem políticas de incentivo à natalidade. O governo oferece benefícios à família e à criança, às vezes até a idade adulta. Mesmo assim, os casais europeus, na média, têm bem menos de dois filhos, um fenômeno que os demógrafos chamam de fecundidade indesejada por falta, quando a mulher tem menos filhos do que gostaria. A demografia diz que a “taxa de reposição” de uma população tem de ser, em média, de 2,1 filhos por mulher, para que não desapareça em algumas centenas de anos. Também há prejuízo econômico em ter mais idosos aposentados do que jovens trabalhando.
Há alguns sinais de reação a essa tendência. As taxas de fecundidade de alguns países estão estabilizadas ou cresceram. Um deles é a Dinamarca, que pertence ao grupo de países mais felizes, de acordo com o estudo. “Até 1985, cada dinamarquesa tinha durante a vida, em média, 1,4 filho. O número foi para 1,8 em 2010”, afirma o demógrafo Ralph Hakkert, consultor da ONU. “Na Suécia, a taxa de fecundidade era de 1,5 entre 1995 e 2000 e foi para 1,9 em 2010. É uma evolução importante.” A explicação pode estar na mudança do estilo de vida das europeias, segundo Hakkert. Nos anos 1980, elas estavam em plena disputa por espaço no mercado de trabalho. Como os países nórdicos avançaram rapidamente em oferecer oportunidades iguais, mais mulheres podem voltar a pensar em ser mãe e manter a vida profissional. Ainda não se pode dizer que seja uma tendência global, mas trata-se de uma mudança promissora – e bem simpática.
Fonte: Revista Época

26 setembro 2011

Tendência religiosa tradicional na juventude surpreende jornal americano

O jornal laico  “The New York Times” ficou pasmo quando ouviu as seguintes palavras de Mary Kate, 18, estudante que renunciou à prestigiosa e cara Universidade de Harvard para entrar como noviça nas Irmãs Dominicanas de Maria Mãe da Eucaristia, em Michigan:

Nós rezamos o terço na mesma hora todos os dias. Você essencialmente vai repetindo as palavras que o Arcanjo Gabriel disse a Nossa Senhora. Essas são as palavras mais importantes da História.


“A distração é normal e você tem que dar um jeito de combatê-la. Deus é nosso Pai e é tão misericordioso conosco. Assim, quando eu me distraio, digo “oh, perdão!”, e me volto para Ele, porque eu sei que Ele compreende que eu sou sua filha e que eu sou débil.

“Rezar o terço também ensina a guardar o silêncio. Você fica realmente tranquila diante daquilo que é realmente verdadeiro durante alguns minutos.”


O referido jornal, um dos maiores ícones da mídia mundial e que sempre procura apresentar a juventude como puramente debochada e revolucionária, ficou tão impressionado que reproduziu o testemunho da jovem por completo, com grande foto de uma postulante rezando o terço num convento tradicional.

Fonte: Blog do Carmadélio

Dawn Eden: Sou uma das muitas vítimas do feminismo e do sexo casual

Uma antiga groupie (mulher que acompanha bandas musicais durante as digressões) explica como ela veio a descobrir que a moralidade e a castidade fazem mais sentido do que o “amor livre”.


A geração dos anos 60 pensava que tudo deveria ser livre. No entanto, alguns anos mais tarde, os hippies vendiam garrafas de água nos festivais de rock a 5 dólares cada.
Mas para mim o preço do “amor livre” foi ainda maior. Sacrifiquei aqueles que deveriam ter sido os melhores anos da minha vida pela mentira sombria do amor livre. Todo o sexo que alguma vez tive – e tive mais do que a minha conta – longe de trazer o relacionamento duradouro que buscava, apenas tornou o casamento uma miragem.
Não estou sozinha nesta forma de pensar. Podem-me incluir entre as insatisfeitas filhas da revolução sexual, um grupo contra-cultural composto por mulheres que se aperceberam que o sexo casual é uma mentira e estão a preferir permanecer castas.
Tenho 37 anos e como milhões de outras moças, nasci num mundo onde as jovens mulheres eram encorajadas a explorar a sua sexualidade. Isto era-nos apresentado como um fato feminista.
Durante os anos 60, a futura editora da Cosmopolitan Helen Gurley Brown perguntou “Pode uma mulher ter sexo como um homem?” Sim, disse ela, uma vez que “tal como o homem, [a mulher] é uma criatura sexual”.
A sua perspectiva iniciou o lançamento de artigos em várias revistas femininas contendo coisas como “100 novos truques sexuais”. Então, a feminista amante-do-sexo Germaine Greer afirmou que “as grupies são importantes porque elas desmistificam o sexo; elas aceitam-no como algo físico e elas não são possessivas em relação às suas conquistas.” Como historiadora da música pop e filha da revolução sexual, aceitei o chamamento da Germaine Greer.
Enquanto eu era ainda ignorante da ordem formal da Greer para ter relações sexuais livremente, li o livro “I’m With the Band” – escrito pela super-grupie Pamela Des Barres (na foto com Keith Moon) – invejando a sua habilidade de absorver tudo o que era desejável nos roqueiros - a sua aparência, humor, criatividade e fama – sem perder parte alguma dela mesma nas suas inúmeras escapadelas com os mesmos.
Tentei imitá-la e acho que fui bem sucedida. De certa forma, o roqueiro em digressão era o meu parceiro sexual ideal . Com ele, eu poderia estabelecer intimidade passageira sem nunca ter que lidar com o [amor] genuíno (e a verdadeira rejeição que poderia ocorrer).
Mesmo sabendo no meu coração que a relação nunca iria funcionar, eu sentia à mesma que havia existido uma conexão mais profunda com o meu parceiro sexual.
Faz parte da natureza do ato sexual despertar emoções profundas em nós, emoções que não são bem vindas quando se tenta manter a relação leve e descomprometida. Nós poderíamos nos enroscar um ao outro, dar risadinhas ou adormecer nos braços um do outro, mas tanto eu como ele sabíamos que era tudo teatral.
Independentemente do que a Greer e a sua corja possa dizer, eu experimentei a sua filosofia – de que a mulher pode fornicar como o homem - e ela não funcionaNós não estamos construídas dessa forma. As mulheres estão construídas para criar laços. Nós somos vasos que buscam preenchimento.
Por essa razão, por mais que nós tentemos nos convencer do contrário, o sexo vai deixar-nos com um vazio interior a menos que saibamos que somos amadas, que o ato [sexual] faz parte dum grande plano onde nós somos amadas por tudo o que somos e não apenas pelos nossos corpos.
Demorei muito tempo para me aperceber disto.
A nossa cultura – tanto nos média através de programas como “Sex in the City” e nas interacções diárias – avança de um modo asfixiante a ideia de que a luxuria é uma estação a caminho do amor. Não é. Isto deixou-me com uma frágil fachada incapaz de genuína intimidade.
A equivocada e hedonista filosofia força as mulheres a levar a cabo comportamentos que prejudicam ambos os sexos – mas são particularmente mais prejudiciais para as mulheres uma vez que as pressiona a subverter os seus desejos emocionais mais profundos.
As campeãs da revolução sexual são cínicas. Os seus corações de estanho sabem muito bem que sexo casual não faz a mulher feliz.
….
Numa noite do ano passado tive um jantar com um amigo – um jornalista inglês encantador que eu poderia namorar caso ele partilhasse a minha fé (não partilhava) e se ele estivesse interessado em casar (não estava). Ele fez-me várias perguntas sobre a castidade, chegando ao ponto de sugerir que, uma vez que há já tanto tempo que eu procurava alguém, eu poderia muito bem não encontrar o homem que tanto desejava.
“Isso não é bem assim” respondi eu.
As minhas hipóteses são melhores agora do que alguma vez foram uma vez que, antes de ser casta, eu procurava nos sítios errados. Só agora é que estou pronta para o casamento e tenho uma visão clara do tipo de homem que quero.Posso ter 37 anos, mas em termos de anos de busca de marido, eu tenho 22.


O artigo original revelou também como a Eden se converteu ao Cristianismo.

Hoje em dia vivo uma estilo de vida diferente. Ainda estou em contacto com os músicos mas é muito mais provável eu passar o meu tempo com coros de igreja.
Sou casta. A minha decisão de resistir ao sexo casual foi mais uma vez influenciada pela minha mãe – mas não da forma que ela inicialmente esperava.
Embora ela fosse judia, ela abandonou as suas crenças Nova Era em favor do Cristianismo quando eu era adolescente. Por essa altura eu não tinha planos para seguir esse caminho.
Da forma como eu via as coisas, os Cristãos pareciam-me uma massa sem cara, chata e que controlava o mundo.
Foi então que, num dia de Dezembro de 1995, enquanto eu fazia uma entrevista por telefone com o líder da banda de Los Angeles (os Sugarplastic) que lhe perguntei o que ele estava a ler. Ele respondeu “The Man Who Was Thursday” por G K Chesterton.
Adquiri uma cópia só por curiosidade e fiquei cativada. Passado pouco tempo eu comecei a lêr tudo o que Chesterton havia escrito, começando pelo livro “Orthodoxy” – a sua tentativa em explicar o porquê dele acreditar na fé Cristã.
Foi aí que me apercebi que havia algo de excitante no Cristianismo.
Continuei a ler Chesterton à medida que eu dissipava o meu antigo estilo de vida até que numa noite de Outubro de 1999 tive uma experiência hipnagógica – daquelas em que tu não sabes se estás acordada ou a dormir.
Ouvi a voz duma mulher a dizer “Algumas coisas não são supostas serem sabidas. Algumas coisas são supostas serem entendidas.”
Eu ajoelhei-me, orei e  entrei na Igreja Católica


Fonte: Blog do Carmadélio 

24 setembro 2011

Irena Sendler: A Heroína Católica



Veja este maravilhoso filme, baseado na biográfia de Irena Sendler, uma assistente social polaca que durante a Segunda Guerra Mundial ajudou a salvar cerca de 2500 crianças Judias, contrabandeando-as para fora do Gueto de Varsóvia. Depois ela acabou presa pelos Nazistas.
Vamos conhecer um pouco da história desta mulher que é considerada  “Mãe das crianças do Holocausto”.
Quando a Alemanha Nazi invadiu o país em 1939, Irena era enfermeira no Departamento de bem estar social de Varsóvia, que organizava os espaços de refeição comunitários da cidade. Ali trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas. Graças a ela, esses locais não só proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres como lhes entregavam roupas, medicamentos e dinheiro.
Em 1942, os nazis criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela mesma contou:
“Consegui, para mim e minha companheira Irena Schultz, identificações do gabinete sanitário, entre cujas tarefas estava a luta contra as doenças contagiosas. Mais tarde tive êxito ao conseguir passes para outras colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de que ocorresse uma epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto.”

Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria.
Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam:
“Podes prometer-me que o meu filho viverá?”. Disse Irena, “Que podia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto?” A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.
Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacas de batatas, caixões… nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.
Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.

Os nazis souberam dessas actividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada.
Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição:“Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II. Na época, Irena estava muito doente e não pode ir a cerimônia, mas enviou uma das sobrevivente que ela mesma resgatou no gueto para representá-la diante do Papa. Mais tarde, ficou-se sabendo que o Papa lhe escreveu uma carta, mas que é desconhecido o seu conteúdo até hoje.

Irena era a única pessoa que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um “interrogatório adicional”. Ao sair, gritou-lhe em polaco “Corra!”. No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
atriz Anna Paquin no filme

Irena Sendler
Em 1944, durante o Levantamento de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio nazis.
De início, as crianças que não tinham família adoptiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.
As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código “Jolanta”. Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas acções humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe: “Lembro-me da sua cara. Foi você quem me tirou do gueto.” E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.
Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.
Em Novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia.
As autoridades de Oświęcim (Auschwitz) expressaram o seu apoio a esta candidatura, já que consideraram que Irena Sendler era uma dos últimos heróis vivos da sua geração, e que tinha demonstrado uma força, uma convicção e um valor extraordinários frente a um mal de uma natureza extraordinária.
A vida de Ierena Sendler permeada de uma coragem adimirável, permaneceu silenciosa até que em setembro de 1999 pela curiosidade e criatividade de quatro jovens americanas que, instigadas pelo Prof. Norm Conard, começaram a pesquisar a sua história. Na região rural do Kansas, na escola secundária protestante de Uniontown, o Prof. Conrad propôs a seus alunos que para celebrar o Dia Nacional da História criassem um projeto original, que fosse além das fronteiras e das personagens conhecidas, dos fatos já explorados. Apenas como sugestão mostrou um recorte do jornal News and World Report, cujo título era“Outros Schindlers”, e que mencionava Irena Sendler. Entre os alunos, quatro estudantes prontificaram-se a realizar a pesquisa, mas nunca imaginaram que esta as levaria a encontrar a própria Irena, viva, com 90 anos, morando ainda na Polônia. Estabeleceram contato, enviaram e recebera m cartas, fotos, informações, documentos. Acabaram por escrever uma peça de teatro intitulada A Vida num Pote de Vidro, que apresentaram na própria escola em fevereiro de 2000. A comunidade toda envolveu-se no sucesso e logo chegaram convites de igrejas, sinagogas, centros culturais. A peça atravessou o país, alcançou o Canadá, a Europa e, finalmente, a própria Polônia. Já foi encenada mais de 300 vezes e hoje está disponível em DVD.
Irena Sendler nunca se considerou uma heroína. “Continuo com a consciência pesada por ter feito tão pouco”, e completa: “Este lamento me acompanhará até o dia de minha morte!”.
Já no fim de sua vida fez este apelo: “convoco todas as pessoas generosas ao amor, à tolerância e à paz, não somente em tempos de guerra, mas também em tempos de paz”, escreveu.

Irena viveu anos numa cadeira de rodas pelas lesões e torturas impostas pela “Gestapo”, e veio a falecer com 98 anos, do dia 12 de Maio, de 2008.
Funeral de Irena Sendler
Filme citado a cima foi produzido para a televisão, e que foi indicado a vários Prémios Emmy.
Este filme já tem disponível em locadora pois foi lançado em 2009, mas se você tiver dificuldade de achar, você poderá assistir através deste link: filme
Quero terminar com estas duas frases que permeou cada decisão de Irena Sendler e que deu todo um sentido a sua vida.
“A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade”
Fui educada na ideia de que é preciso salvar qualquer pessoa que se afoga (mesmo que não saiba nadar), sem ter em conta a sua religião ou notoriedade”
Irena Sendler
Fonte: Blog Fotos que Falam

Estrela de música country se une à luta contra eutanásia e revela que salvou a sua esposa em coma




O bem-sucedido cantor de música country, Collin Raie, revelou ao grupo ACI que aceitou ser o novo rosto de uma organização que luta contra a eutanásia nos Estados Unidos porque ele mesmo superou a dura prova de decidir sobre a vida de sua esposa, que esteve em coma por oito semanas.
Raie, de 51 anos, foi nomeado cinco vezes ao Grammy como melhor cantor do ano, vendeu oito milhões de discos, e sua música liderou dezenas de vezes as listas de êxitos musicais de seu país.
Raie se converteu ao catolicismo com 20 anos de idade e dedica muitas canções à defesa da vida. Com este repertório é o novo estandarte da fundação “Vida e Esperança” (Life and Hope), hoje presente em nove países do mundo e criada por iniciativa dos familiares de Terri Schiavo, a mulher americana em estado de inconsciência persistente que morreu de inanição logo que seu ex-marido ganhasse uma batalha legal sobre a vontade de seus pais.
Terri morreu à idade de 41 anos no ano 2005, 15 dias depois que os médicos lhe retiraram as vias de alimentação que lhe proviam nutrição e hidratação.
Em declarações à ACI Imprensa, o cantor explicou que viveu de perto uma história similar. “Também minha esposa esteve em coma e está viva porque não escutei os conselhos dos médicos que me falavam de eutanásia”, assinalou.
No ano 1985, sua esposa Connie deu à luz três meses antes do previsto, e durante o parte sofreu ao mesmo tempo um enfarte e um ictus. “Esteve em coma por 8 semanas, os médicos me aconselharam que começasse a procurar um instituto que pudesse ocupar-se dela e me fizeram considerar a idéia de ‘desconectá-la’”.
Ele fez pouco caso às sugestões e hoje sua esposa “está vivinha”, e já é avó, afirmou.
“É surpreendente, mas se eu tivesse querido, como esposo, teria podido pôr fim à sua existência. E se a mãe de Connie tivesse querido me obstaculizar, a lei teria estado da minha parte e não da dela”.
“O divórcio está muito difundido: é justo que alguém que amanhã poderia ser seu ex-marido possa decidir sobre sua vida e sua mãe por outro lado não possa dizer nem fazer nada?”, questionou o artista.
Collin Raie nasceu em Arkansas, criou-se no Texas no seio de uma família de artistas. Sua mãe, Lois Wray, tocava antes dos shows de numerosos artistas famosos como Elvis Presley, Johnny Cash ou Jerry Lee Lewis.
Entretanto, ele descobriu o catolicismo em sua juventude, durante um de seus concertos, ao observar os pequenos crucifixos que levava um casal de fãs católicos com quem fez amizade. O casal convidou Collin a ir com eles à Missa e contou que lá todas as suas perguntas “encontraram respostas”.
“Descobrir a fé católica, para mim, foi como encontrar com um tesouro”, afirmou.

Fonte: Blog do Carmadélio

Papa em visita na Alemanha: 70 mil dentro do estádio, 8 mil protestam fora. Essa é a diferença!




Por Alexandra Hudson – Reuters
Os alemães contrários aos ensinamentos do papa sobre sexualidade e revoltados com os casos de abusos cometidos por padres protestaram em Berlim nesta quinta-feira, enquanto membros do Parlamento boicotaram um discurso do pontífice no início de uma visita de quatro dias de Bento 16 a seu país.
O papa encontrou a chanceler Angela Merkel, lideranças políticas e autoridades judaicas, e recebeu aplausos calorosos durante um discurso ao Parlamento no prédio do Reichstag, uma honra rara.
Mas cerca de 100 deputados no Parlamento de 620 assentos boicotaram seu discurso, o que provocou debates fervorosos entre o povo alemão sobre a separação de Igreja e Estado.
Cerca de 8.000 pessoas que se opõem às posições conservadoras de Bento 16 sobre a sexualidade e os escândalos dos padres pedófilos protestaram no centro de Berlim, carregando cartazes escritos “Vá para casa, papa” e “Menos religião = mais direitos humanos”.
O papa ainda ouviu críticas de um líder judaico que no passado tinha elogiado os esforços de Bento para melhorar as relações entre cristãos e judeus. O líder comunitário alertou ao papa que os judeus ficariam feridos se o papa do período da guerra Pio 12 fosse beatificado.
O pontífice nascido na Baviera terminou o dia com uma missa para 70 mil pessoas, que rezaram sob chuva no Estádio Olímpico da cidade.
Bento começou a viagem com um apelo aos alemães para não deixarem a Igreja por causa dos escândalos de abuso sexual, que levaram um recorde de 181 mil fiéis a abandonarem o catolicismo em protesto no ano passado.
“A Igreja é uma rede do Senhor, que pesca os peixes bons e peixes ruins”, disse ele, usando uma imagem do evangelho de Jesus como um pescador. Mas isso não foi o bastante para acalmar os manifestantes mantidos a uma distância segura por uma presença policial repressiva no centro de Berlim
Dezenas de milhares de católicos lotaram o estádio, incluindo centenas de peregrinos da vizinha Polônia vestindo longas capas vermelhas com uma cruz e a imagem de Cristo.
“Nós amamos ele e quisemos mostrar que, enquanto há aqueles que protestam, há tantas pessoas que o amam”, disse a polonesa de 23 anos Anna Ogorzalek, que viajou 10 horas de ônibus.
“Durante décadas nós tivemos um momento difícil como católicos no comunismo da Alemanha Oriental, por isso é realmente ótimo que Bento tenha vindo para nos ver”, disse a enfermeira de 50 anos Walburga Treibmann, do Estado de Brandenburgo, perto de Berlim.
Bento 16 disse entender que as pessoas estejam “escandalizadas por esses crimes”, mas exortou os católicos a permanecer na Igreja enquanto a instituição trabalha para corrigir os erros cometidos em suas fileiras.
Fonte: Blog do Carmadélio

21 setembro 2011

Jim Caviezel: Sem Medjugorje eu nunca teria feito "A Paixão de Cristo”

Jim Caviezel fez o papel principal no filme de Mel Gibson “A Paixão de Cristo” e se tornou conhecido no mundo inteiro. As emocionantes cenas da flagelação e crucificação de Jesus fizeram com que a Paixão do Senhor se tornasse causa de muitas discussões sobre a fé. Um professor vienense de teologia levou a crítica ao filme a ponto de dizer: “Como posso aceitar que os meus pecados, sejam supostamente tão grandes, que um homem tenha que suportar tanto sofrendo por mim?”
Várias vezes ouvimos falar sobre conversões, as quais os espectadores sentiram enquanto assistiam ao filme.

Quem é esse Jim Caviezel que foi capaz de interpretar Jesus de um modo tão impressionante? Em entrevista ao “Oásis da Paz”, ele admite que sem a sua experiência em Medjugorje, ele nunca teria aceito esse papel. Em Medjugorje ele recebeu uma nova dimensão da fé.

Christian Stelzer em Viena fez uma entrevista com Jim Caviezel em fevereiro de 2010.



Jim, você poderia dizer-nos como você ouviu falar de Medjugorje?

Minha esposa estava em Medjugorje enquanto eu estava na Irlanda durante as filmagens do “Conde de Monte Cristo”. As coisas não estavam indo bem naquela época embora eu estivesse trabalhando sete dias por semana. Ela me ligou e pelo tom de sua voz pude sentir que ela estava passando por uma mudança.
Ela começou me falando sobre Medjugorje e que um vidente viria até a Irlanda. Eu a interrompi com estas palavras: “Olha, eu tenho um trabalho sério a fazer. Não posso lidar com videntes neste momento”. Eu acreditava que mesmo como católico eu não era obrigado a aceitar Fátima, Lourdes e Medjugorje a todo custo. Esta era a minha ideia. Eu também me lembrava de como meus amigos e eu, que estávamos freqüentando uma escola católica na ocasião, ficamos entusiasmados com os acontecimentos de Medjugorje e, quando ouvimos o bispo local rejeitar as aparições, declarando-as falsas, nós perdemos o interesse. O vidente Ivan Dragicevic, de Medjugorje veio até a Irlanda. Estava claro para mim que eu não teria tempo para vê-lo porque eu tinha que trabalhar sem parar. Mas, em uma quinta-feira, meu parceiro nas filmagens, Richard Harris não estava se sentindo bem, e eu fiquei livre pelo resto do dia. Portanto eu poderia assistir à aparição. Eu fiquei comprimido no fundo da igreja e não tinha uma idéia clara do que iria acontecer ali. No momento da aparição, um senhor de cadeiras de rodas caiu de joelhos e eu fiquei muito impressionado com isto – pensei, este homem deficiente está ajoelhado no chão de pedras frio, apesar de sua grande dor, e ele está rezando! Hoje eu estou consciente que somente Deus poderia saber tão bem onde eu ficaria impressionado. O estranho é que me deram folga novamente no domingo seguinte e eu pude me encontrar com o vidente Ivan, o que era um desejo especial de minha esposa. Durante a aparição, eu me ajoelhei próximo a ele dizendo em meu coração: “Ok. Eu estou aqui. Eu estou pronto. Faça comigo o que quiser”. No mesmo momento eu senti algo me preenchendo. Era tão simples e também tão único. Quando me levantei, lágrimas desciam de meus olhos.
Comecei a chorar de todo o meu coração.

Ivan me disse: “Jim, o homem sempre encontra tempo para aquilo que ele ama. Se alguém não tem tempo e repentinamente encontra uma garota que ama, ele com certeza encontrará tempo para ela. A razão porque alguém não tem tempo para Deus, é porque não O ama”.
Isto me tocou e eu fiquei pensando se eu tinha tempo para Deus. Ivan continuou a me dizer: “Deus chama você a rezar com o coração”. Como eu faria isto? – eu perguntei. “Começando a rezar”. Neste momento abriu-se uma janela em meu coração. Nunca antes eu tinha pensado que isto fosse possível. Nós fomos a um restaurante e devo dizer que a comida e o vinho naquela noite nunca foram tão bons. Algo começou a mudar em mim. Muitas vezes minha esposa quis me ensinar a rezar o rosário e eu sempre recusei. Agora eu desejava rezar o Rosário embora eu realmente não soubesse como. Eu apenas sentia que o meu coração tinha se aberto para isto. Uma manhã eu disse para o meu motorista que me levava para o local das filmagens todos os dias: “Não sei o que você pensa sobre isto, mas eu gostaria de rezar o rosário.” Para minha surpresa ele me disse: “OK, vamos lá”. Sob a suave luz do amor que comecei a sentir, comecei a reconhecer onde eu estava, quantas tentações eu tinha, onde os meus sentimentos estavam, como eu era fraco e quantas pessoas foram condenadas por minha causa.


Quando você veio a Medjugorje pela primeira vez ?

Após o final da filmagem, que terminou em Malta, decidi ir até Medjugorje. Estava cheio de expectativas dentro de mim. Quando eu tinha 20 anos, havia como uma voz dentro de mim que me disse para me tornar um ator. Quando contei a meu pai sobre isto, ele me respondeu: “Quando Deus quer algo de você, então certamente somente seria para você ser padre. Porque você deveria ser um ator ?”Eu também não entendia isto naquela época.
Agora eu me perguntava de um novo modo se era vontade de Deus que eu deveria me tornar um ator para ganhar muito dinheiro e me tornar rico.
Eu estava consciente do desequilíbrio no mundo onde poucos possuem muito e muitos que tem pouco para viver e tinha certeza que Deus não quer isto e que teríamos que tomar uma decisão sobre quem a quem deveríamos servir: à riqueza, que não nos garantirá a eterna alegria ou Deus que quer guiar nossas vidas.
Medjugorje me lembrava Belém e eu pensei: “Como Jesus nasceu em um pequeno lugar, então a Mãe de Deus aparece aqui em uma pobre área entre as montanhas”.
Os quatro dias que passei em Medjugorje foram como uma ruptura para mim.
No começo eu ainda me surpreendi como as pessoas rezavam aqui. Eu vi uma semelhança com o basquete, que você não joga somente uma vez, mas novamente e de novo, continuamente. Da mesma forma, na escola nós não lemos somente um dia, mas durante todo o tempo.
Durante os primeiros dias em Medjugorje, me senti inquieto enquanto rezava, pois não costumava rezar muito e pedi a Deus que me ajudasse. Após quatro dias, tudo o que eu queria era rezar. Todo o tempo em que rezei me senti unido a Deus. Esta é uma experiência que desejaria que todo católico tivesse. Talvez, quando criança, eu tivesse tido tal experiência, mas a tinha esquecido. Agora ela me foi dada.
Hoje quando as pessoas me perguntam porque eu vou a Medjugorje, eu digo a elas: “Olhem, se vocês não acreditam em radioatividade, vão até Chernobyl e permaneçam por lá cinco dias. Vocês verão que seus cabelos começarão a cair. Estas são as conseqüências da radiação. Em Medjugorje existe uma radiação do Paraíso, na qual milhares de pessoas se convertem e gerações de pecadores se dissolvem. É uma irradiação do Espírito Santo que leva as pessoas a rezar, ir à Missa diariamente e a adorar o Santíssimo Sacramento. Esta experiência permanece, também em casa. Em minha família nós vivemos os sacramentos juntos. Com meus filhos eu rezo o terço todos os dias no caminho da escola. Se não começo a oração, meu filho começa a rezar.
Quando eu fui a Medjugorje pela segunda vez, eu estava buscando a mesma experiência da primeira visita. Desta vez foi diferente. Após o almoço, alguns peregrinos me convidaram para ir com eles até Siroki Brijeg para conhecer o padre Jozo.
Este era um desejo especial de minha esposa. Eu não conhecia padre Jozo, mas o que eu ouvi dele me tocou muito.
Eu fui até ele, ele colocou sua mão em meus ombros, e eu fiz o esmo. Ele colocou as suas mãos em minha cabeça e eu fiz o mesmo. Naquele momento eu senti estas palavras em meu coração: “Eu amo você irmão. Este homem ama a Jesus”. Padre Jozo espontaneamente falou com a sua interprete, perguntando em croata, quem eu era e que ele queria falar comigo.
Este foi o começo de uma amizade que dura até hoje.
Neste tempo eu já tinha terminado a filmagem da “Paixão de Cristo!” e várias vezes experimentei como forças diferentes tentaram evitar que eu fizesse aquele filme.

Você pode nos dizer porque você teve esta experiência e qual é a ligação entre o filme e Medjugorje ?
Provavelmente você conhece o ditado: “cruzando o Rubicão” – isto significa que não há volta. O filme “A Paixão de Cristo” é algo como isto para mim. Quando eu ouvia o Papa João Paulo II dizer que não devemos ter medo, pensava que eu não teria medo em qualquer circunstância e que eu estava indo bem. Durante as filmagens da “Paixão de Cristo” comecei a entender que Jesus é mais polêmico do que nunca. Alguns colegas profetizaram que eu perderia tudo por causa do filme: minha carreira, meu dinheiro, talvez a minha família ou minha vida.
Eu tinha 33 anos quando o filme começou. Tinha a mesma idade de Jesus quando Ele viveu a Paixão. Muitas vezes eu duvidei se eu era digno de interpretar Jesus. vidente Ivan Dragicevic me incentivou dizendo que Deus nem sempre escolhe os melhores e que ele vivia esta mesma situação.
Sem Medjugorje eu nunca teria feito este papel, pois lá, meu coração se abriu para a oração e aos sacramentos. Eu sabia que tinha de estar muito perto de Jesus se queria fazer o Seu papel. Todos os dias eu me confessava e fazia Adoração Eucarística. Mel Gibson também vinha a Santa Missa com a condição de que fosse celebrada em Latim. Isto foi bom para mim pois tive que aprender o Latim deste modo.
Tentações vinham o tempo topo e eu tinha que lutar contra elas. Nesta luta eu freqüentemente experimentei uma grande paz interior. Por exemplo, na cena em que Maria, a Mãe de Deus vem até mim e eu digo: “Olhe. Eu faço novas todas as coisas.” Nós repetimos esta cena quatro vezes e ainda sentia que era a primeira vez. Alguém então bateu na cruz e meu ombro esquerdo foi deslocado. Com esta dor terrível eu perdi o equilíbrio e fiquei no chão esmagado pela cruz. Eu caí de rosto no chão sujo e o sangue começou a sair do meu nariz e da boca. Eu repeti as palavras para a mãe: “Olhe. Eu faço novas todas as coisas.” Meu ombro estava doendo terrivelmente enquanto eu vagarosamente abracei a cruz e senti como ela era preciosa. Neste ponto eu parei de atuar e Jesus se tornou visível. Como se a resposta para as minhas orações fosse: “Desejo que as pessoas vejam você, Jesus e não eu atuando.”
Rezávamos o rosário constantemente. Não sei quantos rosários eu rezei durante o filme - assim, uma atmosfera especial foi criada. Eu sabia que ei não deveria falar palavrões ou perder a calma se eu quisesse transmitir algo à equipe. A maioria deles não conhecia Medjugorje, eles eram grandes atores e nós estávamos felizes de estar com eles. Como eu poderia transmitir Medjugorje a eles senão através da minha vida ? Para Mim Medjugorje significa viver os Sacramentos, em unidade com a Igreja.
Eu comecei a acreditar, através de Medjugorje, na presença real de Jesus na Santa Eucaristia e que Ele perdoa os meus pecados. Através de Medjugorje eu experimentei quão poderosa é a oração do rosário e o dom que a Missa diária representa.
Como eu posso fazer com que as pessoas acreditem mais em Jesus ? Entendi que isto pode acontecer quando Jesus está em mim através da Eucaristia e que as pessoas vêem Jesus através da minha vida.
Quando a cena da última ceia foi filmada, eu carregava relíquias de Santos e um pequeno pedaço da cruz de Cristo em bolsos especiais da minha roupa. Então eu desejei que Jesus estivesse totalmente presente e então eu pedi ao padre para expor o Santíssimo Sacramento. Primeiramente ele não queria fazer, mas eu insisti pois estava convencido de que quando estivessem olhando para Jesus as pessoas poderiam reconhecê-Lo melhor em mim. O padre permaneceu atrás do rapaz da câmera com o Santíssimo Sacramento em suas mãos e ele se aproximou de mim. Quando as pessoas vêem o brilho de meus olhos no filme, eles não percebem que eles estão vendo a Jesus, o reflexo da Hóstia Consagrada em minhas pupilas.
E assim aconteceu também na cena da crucificação: o padre estava presente, segurando o Santíssimo Sacramento em suas mãos, enquanto eu rezava continuamente.
O maior desafio no filme não foi aprender textos em latim, aramaico e hebraico, mas ao contrário, foram as dificuldades físicas que tinham que ser suportadas. Durante a última cena eu tive o ombro deslocado que se movia durante todo o tempo em que a cruz era atingida. Na flagelação eu fui atingido duas vezes e fiquei com um ferimento de 14 cm em minhas costas, meu pulmão estava cheio de líquido e eu tive pneumonia. A falta de sono crônica era tangível. Durante meses eu acordei às 3 da manhã diariamente porque só a maquiagem levava 8 horas.
Durante as últimas cenas, as nuvens estavam muito baixas e um raio atingiu a cruz na qual eu estava. Repentinamente tudo ficou em silêncio em torno de mim e eu senti que meu cabelo estava arrepiado em minha cabeça. Cerca de 250 pessoas que estavam ao meu redor viram meu corpo se iluminando e fogo queimando do lado direito bem como no lado esquerdo da minha cabeça. Muitos ficaram chocados com o que eles estavam vendo.
Eu sabia que a “Paixão de Cristo” é um grande filme de amor.
Jesus hoje é mais controverso do que nunca antes. Existem muitos modos de destruir a humanidade pelas armas nucleares e biológicas mas eu acredito em Jesus e confio Nele. Esta é a fonte da minha alegria.
Acho que Deus está nos chamando de um modo especial nestes dias e nós precisamos dar uma resposta – em nosso coração e em nossa vida.

Fonte: Entrevista a Christian Stelzer – www.oasedesfirendens.at